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18 may

Clássicos do design brasileiro: Joaquim Tenreiro

Garimpo | Atemporal Compartilhe no Whatsapp

Tal qual o pai, Joaquim Tenreiro conhecia todos os segredos da madeira, seus veios, nós e texturas revelados desde a infância na marcenaria da família. Dono de traços leves e formas precisas, o designer, escultor, pintor e desenhista nascido em Melo Guarda, Portugal, foi responsável pela mudança drástica na indústria moveleira brasileira que até então produzia em larga escala apenas cópias do mobiliário da Europa.

De sua técnica perfeita no corte e encaixe, surgiram peças delineadas, esbanjadas em curvas únicas, bem ao modo modernista, diferente de tudo que se via na época. Sua trajetória no design moderno começou na década de 40, em Cataguases, Zona da Mata mineira, onde ganhou fama por criar a POLTRONA LEVE, móvel de jacarandá e linho, encomendado por Francisco Inácio Peixoto, dono de residência nobre, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Mais tarde, no Rio de Janeiro, Tenreiro trabalhou como designer de móveis nas empresas Laubissh & Hirth e em seguida montou sua primeira oficina, a Langenbasch &Tenreiro. É desta época o BANCO DE TRONCO e a POLTRONA DE MANTAS SOLTAS, a POLTRONA QUADRADA e a CADEIRA BAIXA. Ao recriar peças brasileiras, o escultor de móveis como também era chamado, trouxe de volta a palhinha presente na cadeira de balanço em jacarandá, uma tradição do colonial brasileiro retomada pelo artista.

Em cadeiras e poltronas, Tenreiro explorava os efeitos plásticos da trama e abusava de outros materiais que evocam o trançado e a cestaria indígena. Na verdade, o uso de madeira e fibras naturais era uma forma de adequar seu trabalho ao clima tropical do país e ainda de produzir peças com linguagem mais nossa, como as redes do nordeste. Nas produções orgânicas a exemplo da CADEIRA ESTRUTURAL, as linhas retas e os elementos geométricos eram mesclados também no metal. A célebre CADEIRA TRÍPODE ganhou destaque ao ser inspirada na peça de teatro "Necessidade de Ser Polígamo", tema alusivo a um triângulo amoroso. O móvel que mescla diferentes tonalidades através do emprego da imbuia, roxinho, jacarandá, marfim e cabreúva provocou forte impacto ao ser mostrado no Salão de Arte Moderna do Rio de Janeiro. A partir dele, o uso da cor que antes era restrito aos acabamentos, tornou-se um conceito indispensável em alguns projetos de design. No final dos anos 60, Tenreiro encerrou suas atividades na fabricação de móveis para dedicar-se exclusivamente às artes plásticas, escultura e pintura, segmento que ficou por mais de 20 anos. Joaquim Tenreiro morreu em 21 de junho de 1992, em Itapira, São Paulo. Durante sua carreira realizou exposições e recebeu diversos prêmios. Poucos para sua genialidade.

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