Minha jangada vai sair...
A poltrona Jangada, de Jean Gillon, uma das mais icônicas e premiadas peças do design moderno brasileiro ganhou este ano reedição autorizada pela família Gillon para produção em edição limitada pelo antiquário paulista Passado Composto Século XX. Foi o que bastou para entrar de vez em cena. Mais que resgatar a memória do design nacional, esta iniciativa sinalizou o momento alto astral que o design brasileiro vive. Em Miami, uma mesa de Joaquim Tenreiro foi arrematada por 500 mil dólares. Por aqui, projetos arrojados mostram cada vez mais móveis de Jorge Zalszupin, Sérgio Rodrigues e Flávio de Carvalho dialogando com peças de Paulo Alves, Zanini de Zanine, Jader Almeida, Leo Capote, Carlos Motta, Porfírio Valadares e Flávia Pagote entre outros, muitos outros talentos contemporâneos que despontam amparados pelo nobre DNA made in Brasil consolidado no campo do design dos anos 50.
Mas voltando à Jangada do romeno Jean Gillon que adotou o Brasil em1956 e se inspirou nas embarcações na Bahia para fazer sua peça mais famosa 10 anos depois, 1968, a nova versão substituiu o jacarandá original pelo jequitibá certificado pelo Ibama e as cordas hoje são trançadas por comunidades de artesãs, mulheres de pescadores que dominam a técnica da rede. Linda, ela ressurge em novas cores e materiais, mas com o mesmo conforto, esparramada, esbanjando brasilidade!
Fotos: divulgação
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