O encanto de garimpar peças cheias de história e personalidade em antiquários e depois incorpora-las a espaços contemporâneos, misturando-as ao que há de mais inovador no design, inclusive peças autorais, reforça bem o espírito da mostra Modernos e Eternos, em sua segunda edição, com curadoria de Sergio Zobaran e comando de Maria di Pace. O evento, que encerrou semana passada, trouxe o olhar de nove escritórios de arquitetura e design de interiores representantes da nova geração de talentos decor que trabalharam com antiquários renomados. Um desses talentos foi Diego Revollo, arquiteto e urbanista, discípulo de Roberto Migotto, que trilha caminho solo desde 2007, quando vem conquistando clientes, revistas e crítica especializada com seu olhar elegante e inovador.

LUXO CONTEMPORÂNEO

Fugindo de todas as apostas e tendências que são a antítese do que permanece, os 21,5 m² trabalhados por Revollo para a antiquarista Ana Luiza Wawelberg partiram da estética luxuosa que reverencia e presta homenagem aos clássicos. O grande desafio foi conceber um ambiente que mesclasse peças vintages com o que há de mais moderno e que todos que ali passassem enxergassem o tempo presente. Na estrutura a opção foi materiais com forte apelo atual, como o policarbonato alveolar prata, e nos revestimentos diferentes padrões geométricos se complementaram no painel iluminado, papeis de parede e no tapete. "Meu trabalho, com a estética que eu gosto e valorizo, procura sempre ser atemporal. Quando, por exemplo, especifico uma cadeira, busco qualidade e design, pois tudo o que tem qualidade resiste ao tempo", diz Revollo.

Fotos: Alain Brugier