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09 may

Pedro Mendes e Sérgio Rodrigues, ao mestre com carinho

Garimpo | Perfil Compartilhe no Whatsapp

Difícil perceber qualquer diferença entre o mobiliário do arquiteto Fernando Mendes e os móveis assinados por Sérgio Rodrigues, responsável por tornar o Brasil conhecido internacionalmente no mundo do design. Além da semelhança de suas peças aparentemente simples e com traços de informalidade, a trajetória desses dois mestres se distingue apenas pelas gerações marcadas pelo mais de meio século de Sérgio Rodrigues, morto aos 86 anos no ano passado, e os 49 anos de Pedro Mendes, reconhecido como seu discípulo. Ambos são arquitetos e focaram no design industrial, descobriram a mesma paixão pela madeira ainda na infância e - o mais interessante - eram primos, um parentesco que só foi descoberto depois de muitos anos.

SÉRGIO RODRIGUES

Nascido numa família de grande apelo cultural, Sérgio Rodrigues ainda era garoto quando freqüentava uma marcenaria de um tio mantida no quintal de casa no Rio de Janeiro onde cresceu cercado de peças e móveis antigos. Formado em arquitetura sofreu influência do design francês e acabou envolvendo-se completamente com o desenho industrial.

FERNANDO MENDES

Fernando Mendes nasceu em São Paulo, mas aos 18 mudou-se para o Rio de Janeiro para morar com uma tia. Num quartinho do apartamento usado como oficina de hobby passou a explorar peças de madeiras e em pouco tempo já montava bancadas, painéis e berços. Surgia, então, um talento de família que nenhum parente sabia. A descoberta aconteceu depois de uma palestra na Universidade Federal do Rio de Janeiro dada por Sérgio Rodrigues onde Fernando cursava desenho Industrial e já aspirava ao curso de arquitetura. Entusiasmado com o que ouviu do designer contou para a família. A notícia de que eram primos estreitou a relação entre os dois talentos criando, a partir daí, uma parceria que durou até a morte de Sérgio Rodrigues. "Ao longo dos sete anos que trabalhei em seu estúdio, estudei marcenaria, consultei livros importados e visitei oficinas que executavam suas peças artesanalmente. Ficava encantado com as ferramentas, com a construção das peças, com o cheiro e a beleza da madeira", lembra Fernando Mendes.

A BENÇÃO

No final de 2011 recebeu o licenciamento do grande mestre para finalizar alguns protótipos incompletos, fabricar e distribuir modelos das peças inéditas que ainda não tinham sido apresentados ao mercado. Hoje, sem ostentar o dito popular de que "o aluno supera o mestre", Fernando assina seu próprio nome nas peças que projeta, entre elas, os renomados bancos Antônio, Ângela, Jake, o aparador Beatriz, a mesa Grampo, as poltrona Sapão e Ventura e as cadeiras Pedro e a Aviador, criada em 2005 e que lhe rendeu prêmio internacional, além de outras muitas taças e várias exposições. "Na minha criação procuro misturar alegria, conforto e qualidade construtiva. A marcenaria aqui não é apenas um meio de transformar um projeto em realidade, é a própria fonte de inspiração para a criação dos desenhos", finaliza o designer e arquiteto.

Matéria de Norma Santos, jornalista e designer de interiores

Foto: Eduardo Câmara & Araci Queiroz.

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